Denguinho
Meu amor quando merenda
E vê um pé de sapucaia
Sonha que está me amando
Com a malícia duma arraia
Colhe a fruta mais linda
Que é pra me degustar
Traz-me o hálito fresco
Doce como abelha uruçu
Forte como pau de jatobá
Quando me trunca no peito
Tonto de ter convulsão,
É feito formiga no corpo
Sopro de asas de viração
Um punhado de destino
Não cabe na minha mão
Nem com cigana e domínio
Nem com profeta e visão
Nada nos separa o ninho
Nada nos põe ciúmesNem uma gata no cio
Nem o vôo de arribação...
porNina Araújo
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